sábado, 31 de maio de 2008
quarta-feira, 28 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
"Eu, eu mesmo"
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(c) Guida Machado
Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. —
Eu...
Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino? Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
Ainda que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...
Álvaro de Campos
segunda-feira, 26 de maio de 2008
(c) Guida Machado
Na vês que o olho abraça a beleza do mundo inteiro?[...]
É janela do corpo humano, por onde a alma especula e frui a beleza do mundo, aceitando a prisão do corpo que, sem esse poder, seria um tormento [...]
Ó admirável necessidade!
Quem acreditaria que um espaço tão reduzido seria capaz de absorver as imagens do universo? [...] Leonardo da Vinci
sábado, 24 de maio de 2008
quinta-feira, 22 de maio de 2008
(c) Guida Machado
(...) Fotografias são imagens técnicas que transcodificam conceitos em superfícies. Decifrá-las é descobrir o que os conceitos significam. Isto é complicado porque na fotografia amalgamam-se duas intenções codificadoras: a do fotógrafo e a do aparelho. O fotógrafo visa eternizar-se nos outros por intermédio da fotografia. O aparelho visa propagar a sociedade através das fotografias para um comportamento que lhe permita aperfeiçoar-se. A fotografia é, pois, uma mensagem que articula ambas as intenções codificadoras.(...) V. Flusser, in. Ensaio sobre a fotgrafia.
terça-feira, 20 de maio de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
(c) Guida Machado
"O que se procura, através de uma imagem, é pôr em jogo a realidade e verificar, paradoxalmente, que o mundo não é real. Há uma ilusão fundamental que é preciso conseguir captar. Depois, bem, a realidade existe também. Ela existe mas, sou agnóstico, não acredito nela".
Jean Baudrillard
quinta-feira, 15 de maio de 2008
(c) Guida Machado
"A simbólica é, em todos os tempos, a roupagem inteligível de toda a representação. O símbolo atravessa incólume as perspectivas realistas e as suas críticas mais pertinazes. (...) A presença está fora de nós, não é uma das qualidades do indivíduo, mas torna-se sua quando surge como singularidade - quando permite que o olhar a habite, fabricando a presencialidade". Maria do Carmo Séren, in Metáforas do Sentir Fotográfico.
terça-feira, 13 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
domingo, 4 de maio de 2008
Por dentro do molde, imagino o objecto
E em busca da alma que abriga o parecer
Apuro, nos dedos, o sentido do tacto
sinto lãs e veludos carcomidos de aspereza
E afinal só encontro lisura e grandeza
no tom pardo e baço dum andrajoso farrapo.
Nos cardos que me ferem por esses caminhos
pressinto, sem mácula, na aparência, pureza…
- Mil vezes um cardo que, da rosa, a beleza,
e a aleivosa candura como vela os seus espinhos!
Tendergirl