sexta-feira, 11 de abril de 2008



(c) Guida Machado

(...) A água aparece-nos assim como um ser total, que tem um corpo, uma alma, uma voz, e é isso que faz dela uma realidade poética completa. As vozes da água são vozes metafóricas, a sua linguagem é uma realidade metafórica directa, as ribeiras, as fontes, os rios ou o mar sonorizam e dão vida a paisagens mudas. Foi Gaston Bachelard que escreveu que “as águas ruidosas ensinam os pássaros a cantar, os homens a falar, a repetir”, e que há “continuidade entre a palavra da água e a palavra humana”. Alice Valente Alves, in.“Águas Cruzadas”

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