sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

(c) Guida Machado

"Fotografar é prender a respiração quando todas as nossas faculdades se conjugam diante da realidade fugidia; é neste momento que a captura da imagem é uma grande alegria física e intelectual.
Fotografar é pôr na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração."
Henri Cartier - Bresson, in "O Imaginário segundo a Natureza"

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008







(c) Guida Machado

Todavia, porque era uma fotografia,
eu não podia negar que eu tinha estado lá.
Roland Barthes

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

"O olhar reconstitui a dimensão do tempo".






(c) Guida Machado

"O olhar reconstitui a dimensão do tempo. O vaguear do olhar é circular: tende a voltar para comtemplar elementos já vistos. Assim, o "antes" torna-se "depois", e o "depois" torna-se "antes". O tempo projectado pelo olhar sobre a imagem é o eterno retorno. (...) O significado das imagens é o contexto mágico das relações reversíveis. O carácter mágico das imagens é essencial para a compreensão das suas mensagens".
Vilém Flusser, in Ensaio sobre a fotografia.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Um abrigo para as aventuras do Olhar...





(c) Guida Machado

Gaston Bachelard (1884–1962) esclarece-nos acerca da urgente necessidade de abandono de muitas tradições filosóficas alicerçadas na realidade do mundo sensível e enuncia-nos a importância do onirismo activo, interpretado por alguns autores como “devaneio”, revelador das imagens para além das formas lideradas por uma energia material convidativa à penetração na leitura da imagem «para além das seduções da imaginação das formas, vai pensar a matéria, sonhar a matéria, viver na matéria, ou então – o que dá no mesmo – materializar o imaginário» Segundo Bachelard «há momentos na vida do poeta, em que o devaneio assimila o próprio real [...]. O mundo real é absorvido pelo mundo imaginário»

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008






(c) Guida Machado

O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.(Fernando Pessoa)

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Emoções




(c) Guida Machado

As emoções como pulsões inconscientes tornam-se degraus privilegiados de acesso à interioridade do indivíduo!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Temporalidade






(c) Guida Machado
A imagem fotográfica dissemina-se em fragmentos “intangíveis”.
Se, por um lado enquanto suporte materializado se constitui como “culto” por outro lado, constitui-se também como uma forma evocativa de interagir com qualquer coisa que já não existe fisicamente, mas que, simultaneamente nos é muito próximo e presente através do olhar e das memórias. Confrontamo-nos, com díspares escalas de tempo e de espaço que ora nos remetem para a memória, ora nos permitem efabular.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Correspondências













(c) Guida Machado
Da Natureza, templo de vivos pilares,
Uma fala confusa muitas vezes sai;
Pela selva de símbolos o homem vai
Sob a contemplação de íntimos olhares.
(...)
Charles Baudelaire in Correspondências.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Forma

(C) Guida Machado

Todos nós construímos a imagem do mundo como desejamos que ele seja e este mundo espiritual, nosso, será sempre o que e como o fizermos. É a humanidade e só ela que lhe dá forma, numa certa ordem, a partir de uma imensidade de realidades incoerentes e hostis. É isto que significa ser construtivo.
Naum Gabo (in Carta a Sir Herbert Read, 1944)







(c) Guida Machado

O nevoeiro "leva-nos" à abstracção!

Rosto





















(c) Guida Machado

O rosto olha-se no rosto que o envolve. E nesse olhar-se olhando, o rosto é confronto. Dobra-se, pois, sobre si, questiona o sentido do outro rosto, essa secreta margem de melancolia. Diante de si, o rosto é apenas um indizível abandono. Até que um outro rosto o inaugura, o resgata da morte. Aí, nesse momento em que a palavra nasce, o olhar incendeia-se, sobe desamparado à boca, rasga-se. E, rasgando-se, dá-se. (José Fernando Guimarães “ O desenho da Voz”)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sensações



(c) Guida Machado

(...) É o vento que vem roendo o pergaminho das horas que monótonas gotejam sobre as escarpas herméticas do abismo turvo insondável que me separa de mim. (Ivan Junqueira)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Relacionamentos




(c) Guida Machado
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Reencontro!






(c) Guida Machado


"A natureza é o espaço primordial, onde o Eu se reencontra na sua nudez e beleza plena..." Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sensações

(c) Guida Machado
Quando criamos um novo objecto estabelecemos dinâmicas no campo da subjectivação quer individual quer colectiva e, neste sentido a técnica pode ser pensada como desdobramento do ser…

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A Arte e a Vida


(c) Guida Machado

A arte baseia-se na vida, porém não como matéria mas como forma. Sendo a arte um produto directo do pensamento, é do pensamento que se serve como matéria; a forma vai buscá-la à vida. A obra de arte é um pensamento tornado vida: um desejo realizado de si-mesmo. Como realizado tem que usar a forma da vida, que é essencialmente a realização; como realizado em si-mesmo tem que tirar de si a matéria em que realiza.
Fernando Pessoa, in 'Ricardo Reis - Prosa'

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sensações



(c) Guida Machado


"- Quem? O infinito? Diz-lhe que entre. Faz bem ao infinito estar entre gente."
[De porta em porta, Alexandre O'neill]

sábado, 9 de fevereiro de 2008

















(c) Guida Machado
(...) Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Fernando Pessoa

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Olhar perseguidor


(c) Guida Machado (2006)

Somos seres olhados no espectáculo do mundo.
(Merleau-Ponty- 1945)

O olhar perseguidor insinua que somos olhados por todos os lados.
... é o olhar do outro que dá sentido à nossa existência mas a maneira como somos olhados define o sentido e a amplitude da nossa interioridade.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Anthony Gormley - Mass and Empathy

(c) Guida Machado 2004






(c) Guida Machado 2004

Corpos esculpidos em metal que confrontam e desafiam a percepção de peso e leveza, de interioridade e de exterioridade, mas também de ordem e de disseminação.