terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Inscrição intimista ou manifestação social?





















(c) desconhecido

Etienne Dumont (Suiço) jornalista e crítico da Tribune de Géneve. É possuidor de um corpo completamente tatuado com cores vivas, bem como de variados implantes de silicone e piercings.

A imagem sugere-nos a reflexão! A transformação corporal alvitra uma complexidade de ideais que se situam muito para além de conceitos e/ou de fruição no âmbito da estética. Certo é que a desfiguração e/ou a transfiguração do corpo acarreta um sentido de subordinação deste ao olhar do outro, configurando-o como “ um corpo exposto”, como um enunciado performativo de uma derradeira individuação. Ao expor-se, o sujeito, confronta o outro através da espectacularização do corpo.
Há, por outro lado, no acto de inscrição de uma tatuagem o peso de uma herança “quase tribal”, “sagrada”, que assume acima de tudo, uma função simbólica, mística, íntima ou não, cuja revelação ao olhar do outro é balizada pelos domínios inter-relacionais.

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